sexta-feira, 27 de maio de 2011




Querida vida
Salve minha saliva
Deixe-a ser cuspida
Para que saliva
Salve coração
Deixe-o ser mais quente
Para que coração
Salve a mente.

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Escorrem gotas levemente salgadas pela minha garganta
Já os olhos, nunca estiveram tão secos.
Coração afogado nessa salina
Ja está se corroendo
Prestes a ficar como os olhos.
Secos, lúcidos, perdidos.

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Que saia este verme de dentro de onde for
Que fuja do fundo com todo meu amor
Não quero mais frio
Preciso de calor
Sorteio do carinho
Não venham a todo vapor
Que não aguento o peso do meu eu
Não sei em que posição segurar-me
Se me dou colo,
Talvez um afago,
Um abraço,
Ou um tapa na fria madeira de minhas bochechas.

//

Vou deixar sim
O resto que ficou de você em mim
Enterro em minhas pausas aquele pai
aquele filho
aquele irmão
Deixo aqui sua marca
Tiro daqui meu corpo intacto
Limpo
Solto
Um pouco lento
Porém, pronto para outros sEUs.

//

Vou deixando a minha sombra velha
Chega da mesma plateia
Manifestos de gente sem

Pinga agua fresca do galho
Vou pegar um atalho
Talvez chegue lá sem ninguém.

//

Bobinho meu bem
Veio pra seguir comigo
Ser meu amigo
Anjo assim quem é que tem?
Quero te dar todo meu corpo
Pular de um lugar pro outro
E no fim dizer :
- Amém!

domingo, 22 de maio de 2011



Me deitei como de praste.
Um susto me tomou.
Eram meus instrumentos físicos, interiores,
Tocando uma valsa com toda a cerveja e a gordura da culinária dos botecos que eu havia ingerido Nesta noite.
Tocavam cada vez mais alto. Me chamavam para entrar. Diziam em qual posição eu teria de me deitar.
Suco dos cantos dos becos de meus interiores. Fizestes amor comigo e com meus amores.

quarta-feira, 4 de maio de 2011



E se eu dissesse o que não se explica?
E se eu contasse que és um amor na vida?
Digo agora o que tem dentro da moça.
A qual você achou naquela pequena poça.
Tirou dela algo que sim, ja existia.
Pôs pra fora toda a sua euforia.
Fez rodar as suas cores e músicas.
Trouxe a ela a visão de mais um dia.