terça-feira, 26 de abril de 2011



Uma saudade daquelas manhãs sem rumo.
Barriga vazia mas casa cheia.
Os papos eram de meninas cruas e cheias de força.
Moças limpas da poeira da estrada.
Eramos jovens frutos nos aprontando para a seriedade.
Sempre soubemos que jamais nos encaixariamos.
Seriamos peças com formas assimétricas.
Sabiamos que um encontro, a vida nos proporcionaria.
Já ao lado do baú encantado.

quinta-feira, 14 de abril de 2011



Explosão de meus inesperados
Separam-me de tudo
Arrancam-me de todos
Garganta arrebentada
Pelas veias que não pulsam
Por algo que não se traduz
Pelo que sei ao menos cuspir
Mas que não posso mudar
TU ÉS TÃO CLICHÊ!
Ó vida.

segunda-feira, 11 de abril de 2011




DO QUE MAIS É FEITA?
O INFERNO É ESSA MESMICE
NÃO TEM MAIS ONDE CAÇAR
DESTRUÍ MUROS
AMORDACEI GENTE
CHUTEI POMBOS
JOGUEI LIXOS FORA
MAS NUNCA CUSPI.
NUNCA MIREI EM UM ALVO
NAO VAMOS NOS MALTRATAR
SOMOS SIM, DO MESMO SACO.
O SORVETE NA MINHA TESTA
TAMBEM GELA O TEU PEITO
BEM DENTRO DA CAMISA
AO MENOS UMA GOTA
MAS VOCÊ COMO UM BURRO
LIMPA
E ME DEIXA CONSTRANGER
ESQUECE QUE SOMOS PARCEIROS DE SACO
SOMOS PULGAS INFERNAIS
DAQUELAS QUE MORREM.